sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Mestres - Nova Era - Canalizações - Iniciação (1)



Todo o conceito da idéia popular de mestres ou personalidades iluminadas nada mais faz que depreciar o trabalho que eles idealizam. Por quê? Porque tais mestres nada mais são que a criação e personificação da compreensão limitada das pessoas que os criam.


Na assim chamada “Nova Era”, que é referência para nossos tempos da mesma forma que períodos anteriores foram conhecidos como “A Reforma” e a “Era do Iluminismo”, encontramos muitos que alegam ser canais exclusivos das personalidades de mestres que, pela primeira vez na história da humanidade, estão se revelando a nós com o propósito de salvação.



Como isso difere das hostes de santos medievais trazidas a nós pela igreja?



Ou dos deuses dos gregos e de outros povos?



Como pode a humanidade hoje ser tão arrogante a ponto de pensar que, pela primeira vez na história, seremos salvos pela interação pessoal de mestres, deuses ou santos?



Não estamos em uma “Nova Era”, da mesma forma que nunca realmente estivemos em qualquer outra “era”.



Estamos simplesmente em uma era que sempre esteve presente.



Como em séculos passados, as pessoas estão agora se voltando com interesse renovado para ideais mais elevados, mas a maioria delas está colocando sua fé em uma personificação para guiá-las para a iluminação.



Eis uma cilada que só a iniciação pode ajudar a evitar.



É verdade que hoje muitas pessoas estão sinceramente canalizando mestres.



Mas esses mestres não são da hierarquia esotérica.



O que está sendo canalizado nada mais é que as crenças criadas personificadas pela consciência coletiva daqueles que acreditam.



Aqueles que são proficientes em viajar nos reinos astral ou psíquico comprovarão o fato de que podem se encontrar face a face com o deus Apolo ou com o Mestre Kuthumi.



Mas só um iniciado pode verdadeiramente diferenciar entre aquilo que é real e aquilo que é uma manifestação criada. Uma manifestação criada possui vida, possui personalidade, mas não possui nenhuma substância espiritual.



E tocar a verdadeira hierarquia esotérica requer o reconhecimento dessa substância e a ascensão àquele nível de manifestação.



O plano astral não é tão diferente do plano físico, exceto que a matéria como a compreendemos não está presente.



Conseqüentemente, nossa percepção dentro do mundo astral vê uma condição de natureza mais etérea, que é muito mais fácil de criar em forma visível.



Muito daquilo que é de natureza positiva, quando visto nesse reino astral, são pessoas materializadas de uma maneira que não pode ser feita no plano físico.



Devemos também lutar com traços negativos de medo e ódio que também se manifestam nesse reino. Juntos, eles formam um mundo paralelo que ainda contém engano e ilusão.



Muitas pessoas acreditam que ao terem uma experiência nesse reino conseguiram atingir o que buscavam por encontrarem suas crenças lá personificadas.



Mas se essas pessoas tivessem verdadeiramente experimentado uma iniciação, elas primeiramente ficariam muito desapontadas ao descobrir que aquilo que freqüentemente achavam ter atingido nada mais era que uma parte delas mesmas.



Mesmo assim, se foram sinceras, a verdadeira beleza da iniciação desabrocharia e seu desapontamento daria lugar a um estado exaltado de compreensão ao saber que um véu foi removido e que a verdadeira hierarquia esotérica dos mestres está um pouco melhor compreendida.



O problema hoje em nosso mundo, no que diz respeito a assuntos esotéricos, é que a iniciação não está presente como um sistema real na advocacia da “Nova Era”.



A iniciação pode nos levar além das limitações e dos enganos físicos e psíquicos. Ao mesmo tempo, devemos nos conscientizar de que uma iniciação não é física ou psíquica, embora métodos físicos ou psíquicos sejam utilizados.



Uma iniciação verdadeira é puramente espiritual. Ela ocorre a partir do interior de cada indivíduo como resultado de seu próprio preparo e presteza, sendo inspirada e acelerada por um ritual físico que às vezes se associa a uma experiência psíquica.



Vejam as alegações de diferentes organizações e indivíduos. Quantos utilizam o processo iniciático?



Não concordamos que, quando nossos olhos estão abertos, a maioria das alegações de espiritualidade são crenças pessoais formadas a partir do intelecto?



Mesmo aquelas poucas organizações que declaram utilizar a técnica iniciática criam suas iniciações para adequá-las às suas idéias preconcebidas.



É imperativo que nos divorciemos dessas armadilhas.



Caso contrário, seremos culpados de auxiliar as forças destrutivas à natureza.



Existem hoje apenas algumas poucas estirpes de ordens iniciáticas prontamente disponíveis a todos os estudantes sinceros.



O verdadeiro iniciado pode encontrar qualquer uma delas.



Mesmo assim, elas estão abertas somente a um número limitado.



Há também outras escolas que servem à verdadeira hierarquia esotérica, mas sua técnica difere um pouco da linhagem iniciática; mesmo assim, somente um iniciado as compreenderá e elas também são muito poucas e reclusas...



"Elementos Introdutórios da Iniciação", GLS (editado)


Por: AS

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