sábado, 29 de outubro de 2011

Casamento Alquímico



Duas partes complementares, separadas da unidade, trilham um conhecimento subconsciente do relacionamento anterior e procuram restabelecer a união.

Aprendemos dai que fundamental e unicamente do ponto de vista metafísico e alquímico, existe uma outra e verdadeira metade complementar para cada ser vivo.
Esta noção, entendida de maneira generalizada e errônea, levou a crença popular na existência de urna afinidade para cada ser humano, bem como uma afinidade química para cada um dos elementos naturais.

Se encararmos o casamento como a união por uma lei ou principio alquímico natural de duas partes separadas, mas simpáticas e complementares de uma unidade pré-determinada, podemos concluir por tais condições que o matrimônio e o estado ideal. Na verdade, e o único estado em que dois seres encontram o grau de manifestação perfeita decretada por Deus e pela natureza.

Estes são os princípios, mas diferentemente das manifestações que ocorrem naturalmente no mundo químico ou elemental, entre os humanos existem interferências causada pela insistência intencional do homem em suplantar a mente Cósmica ou espiritual com sua própria mente.

No casamento entre dois seres complementares ele não hesita em exercer sua 
vontade, seu arbítrio, a um grau que seria considerado sacrílego para o alquimista. 

O homem desenvolveu a idéia de que e capaz de interpretar as varias emoções de seu ser e decidir quais as atrações naturais, alquímicas, puras e quais são atrações passageiras...

Ele interpreta as ilusões, impressões e emoções transitórias como sendo o grito cósmico, permanente, apropriado, de um ser separado a chamar sua contraparte.

Os químicos sabem que os elementos da natureza que não estão unidos a suas partes complementares não podem ser forçados a uma combinação não natural, não simpática ou não harmônica com outros elementos.

Os biólogos sabem que a união de dois elementos não harmônicos e não simpáticos ira manifestar um produto desarmônico, sub-normal ou anormal muito distanciado da criação perfeita representada pela terceira ponta do triângulo.

Infelizmente, este fato, conhecido dos químicos e biólogos, e tão perfeitamente compreendido pelos místicos, não e aceito nem levado em consideração pelo homem e pela mulher comum.

Fala-se levianamente que os casamentos são feitos no céu, o que perfeitamente correto do ponto de vista alquímico. Do ponto de vista do biólogo e do químico e um principio bem fundamentado. Mas não se aplica no caso de pessoas unidas por uma decisão arbitrária e pela obstinada e ignorante má aplicação da lei natural. 

0 verdadeiro matrimonio entre dois seres humanos só pode resultar de um estudo cuidadoso de suas características e elementos naturais.

Para um verdadeiro casamento alquímico, e portanto uma união Cósmica natural, a essência divina de cada um deve se unir a do outro por atração natural, antes que seus corpos possam se unir adequadamente.

Nas antigas cerimônias místicas, o rito matrimonial físico jamais era realizado enquanto as dois "Eus" interiores não tiverem encontrado a perfeita união, a sublime harmonização.

A Cerimônia do casamento físico era realizada com o único fim de obedecer costumes éticos, legais ou religiosos da terra, e era considerada apenas uma formula a ser completada após a união natural espiritual.

Com a passar do tempo, a cerimônia espiritual, o processo alquímico do matrimônio, passou a ser ignorado.

Fórmulas criadas pelo homem aumentaram a ponto de levá-lo a acreditar que ele não só decretava ser o casamento físico apropriado, completo e de acordo com a lei natural, mas também, de alguma forma, forçava a natureza a sancionar e sintetizar o casamento espiritual que deveria ter ocorrido anteriormente.

Em alguns casos, tais matrimônios são perfeitos pelo casamento natural da essência da alma ter ocorrido muito antes do casamento físico.

Nestes casos, o casamento físico e apenas o resultado de algo experimentado interiormente e de forma divina.

Na maioria das vezes, entretanto, o casamento físico ocorre sem que antes ocorra a União das ALMAS, o casamento no sentido espiritual ou alquímico e impossível, pela falta de harmonização entre duas pessoas unidas desta forma.

Em tais uniões, não há uma fusão de duas naturezas simpáticas, não há atração alquímica ou Cósmica, apenas uma atração química, física e transitória.

As coisas mortais modificam-se constantemente, e mais cedo ou mais tarde os cônjuges percebem que não estão adequadamente combinados, mesmo nas minúsculas formas do mundo material químico, os elementos erroneamente unidos sempre vibram de forma desarmônica e acabam por desfazer a união.

Não e de surpreender, portanto, que homens e mulheres unidos de maneira 
incorreta procurem livrar-se, não só exteriormente, mas também através de sua essência da alma e natureza divina, das estreitas limitações a que foram forçados. 

A separação, o divórcio será inevitável enquanto o homem arbitrariamente dirigir a união da sua natureza com outra.
 

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