domingo, 29 de julho de 2012

Chuang Tzu - Ação e não-ação


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Invocation to the Flame - Invocação à Chama





I call upon thee, o living god,
Radiant with illuminating fire.

O unseen parent of the Sun!
Pour forth thy light giving power
and energise thy divine spark.

Enter into this flame
and let it be agitated by the breaths
of thy holy spirit.

Manifest thy power
and open for me the temple of almighty god
which is within this fire!

Manifest thy light for my regeneration,
and let the breadth, height, fullness
and crown of the solar radiance appear,
and may the God within shine forth!

(From the book "Comte de Gabalis" by Abbé N. de Montfaucon de Villars)




Eu chamo-te, o deus vivo,
Radiante com o fogo esclarecedor.


O pai invisível do Sol!
Derrama teu poder dar a luz
e energizar a tua centelha divina.


Celebrar esta chama
e deixá-lo ser agitada pelas respirações
do teu Espírito Santo.


Poder manifestar a tua
e abrir para mim, o templo do Deus Todo-Poderoso
que é dentro deste fogo!


Luz teu manifesto para minha regeneração,
e deixar que a largura, altura plenitude,
e coroa da radiação solar aparecer,
e que o Deus dentro de brilhar!


(Do livro "Conde de Gabalis" por Abbé N. de Montfaucon de Villars)

sábado, 21 de julho de 2012





Nos Upanixades, a escritura sagrada hindu, aparece a seguinte alegoria: 

“O Eu, Atman, tomou lugar na carruagem que é o corpo; o entendimento, Budi, é o condutor; o pensamento, Manas, é a rédea; os sentidos são os cavalos, e aquilo que os sentidos percebem representa o caminho que leva ao objetivo”.

A busca desse elevado objetivo, o caminho, requer, contudo, uma grande perseverança; mas, apenas
com ela, não estamos em condição de nos alinhar a esse objetivo.

Nosso mental está sujeito a determinado impulso de vida biológico que nos prende dentro dos limites do mundo material.

Isso marca nossas experiências e nossa compreensão e determina nossos objetivos.

Nosso pensamento está sempre ocupado, evidentemente, com as coisas transitórias.

Seguidamente nosso ânimo, nossos impulsos afetivos, é como cavalos selvagens, impossíveis de controlar.

Somos apanhados pelas aparências às quais nos ligamos.

A fim de controlar os cavalos, esforçamo-nos por refinar nossos instintos e adquirimos capacidades cada vez mais sutis que nos ajudam a nos mantermos no mundo material.

O Eu verdadeiro, como um germe de luz, está em algum lugar entre as bagagens da carruagem e mantém-se intocado por todas essas refinadas manifestações de vida.

Enquanto permanecermos voltados para a matéria e, portanto, também o nosso pensamento, os movimentos do coração ficarão também restritos aos limites deste mundo dos opostos, e os impulsos do germe de luz não poderão chegar até nós.

Tentar aquietar-se para refletir.

Não conseguimos evitar a ronda sem fim de nossas alegrias e tristezas às quais somos arrastados pelos nossos sentidos, e, principalmente, não reconhecemos aí nenhum objetivo, pois este não existe.

Isso não nos fará alcançar algo determinado, porém nos levará a conscientizar-nos de que pertencemos a um outro campo de vida.

Daí um objetivo poderá nascer!

Em semelhante estado de ânimo, experimentaremos que a coerência sugerida pelos sentidos é mera ilusão.

O desejo, como um fogo-fátuo lançado de cá para lá, mantém a ilusão e já traz em si o pesar seguinte.

A ilusão provém de uma interpretação errônea das leis que regem nossa vida.

Quando renunciamos a nossas idéias e começamos a observar, tranqüilamente, todas as coisas e situações, aceitando-as tal como elas se apresentam, chegamos a um limite.

E quando questionamos a coerência exterior que nos é sugerida, damos o primeiro passo no caminho da libertação do pensamento, até então orientado para a matéria.

O núcleo de luz latente terá, assim, então despertado em nossas profundezas um sentimento até então desconhecido: um desejo indefinido, uma nostalgia.

Caso neguemos esse sentimento, os sentidos e o intelecto nos conduzirão por inúmeros desvios.

Mas, se o aceitamos, os impulsos da centelha de luz trazem, desse modo, a compreensão à nossa vida interior, há muito tempo esquecida.

Essa nova compreensão, surgida do coração, eleva nosso pensar acima do plano material.

Os Upanixades ensinam que um coração puro conduz a uma justa
compreensão, graças à qual podemos, enfim, entender nossas experiências.

À luz de nosso “fundamento”, percebemos que nossas experiências foram de fato necessárias, mas que também nos afastaram de nossa verdadeira meta.

Nosso passado é o solo nutridor do verdadeiro Eu esquecido, que pode agora eclodir como a flor de lótus enraizada no lodo de um lago.

A morada de Vishnu.

Aquele que alia a pureza interior à justa compreensão e faz uso delas como condutor da carruagem e utiliza o pensamento objetivo como rédeas alcança o ponto mais elevado, a morada augusta de Vishnu, o deus dos deuses, que ao lado de Lakshmi, deusa do lótus desabrochado, repousa sobre a serpente cósmica.

Lakshmi simboliza a radiação da sabedoria divina que nos eleva acima do plano dos fenômenos sensoriais e quer nos conduzir para fora do caos das ilusões.

O mito hindu menciona que o deus dos deuses dorme e que todas os acontecimentos da criação, da origem até o fim dos mundos, são apenas o encadeamento infinito de imagens de seu sonho.

Vishnu e Lakshmi formam uma unidade: juntos, eles são a primeira e única entidade consciente do Universo.

Em contraposição, tudo neste mundo de aparências é multiforme, e os acontecimentos estão desligados da realidade.

As antigas energias vitais podem, freqüentemente, através de seus
impulsos, nos levar à confusão.

Elas permanecem mesmo quando podemos compreender sem impedimentos o novo sentido da vida.

Os velhos padrões existenciais que pensávamos ter deixado para trás requerem continuamente nossa atenção.

Somente quando a tempestade de nossas reações arraigadas for anulada pela pura nova energia é que nosso estado de ser poderá mudar de padrão vibratório.

A verdade encontrou uma morada em nós, porém não podemos abarcar essa realidade por meio de nossos sentidos exteriores.

Quando nosso desejo está orientado para o Eu verdadeiro, nossos sentidos exteriores podem fundir-se no sentido interior individual.

Essa é a verdadeira compreensão das coisas.

Então, nossos sentidos outra coisa não podem fazer senão orientar-se para o objetivo da vida.

A carruagem é aliviada de seu lastro.

Finalmente o condutor reconhece a sua própria essência.

Os cavalos dão meia-volta a fim de seguir o caminho indicado pela
radiação da sabedoria divina.

Desse homem é dito:

Ele não vê, não sente nem saboreia;
ele não fala nem escuta; não pensa nem reconhece, pois nada existe que seja diferente dele...
E, contudo, ele vê, pois a visão e
ele são unos, ele ouve, pois o ouvir e ele são unos...
E ele sente, pois o sentir e ele são
unos, e ele discerne, pois o discernimento e ele são unos.

Essa realidade é refletida pela personalidade purificada que já não está sujeita à coerência sugerida pela vida exterior.

Disso surge uma projeção pura da verdade eterna, uma radiação
que intervém em nosso campo de existência com luz e amor.

"Este é o segredo da existência: levar-vos a vós mesmos, como
homens-personalidades, a tal estado, conduzir-vos a tal atitude de vida, que a realidade, o Uno, se projete através de vós...
Então, uma poderosa luz se derrama nas trevas desta existência,
para a bênção de muitos."